11.6.08

Conto rápido que escrevi agora a pouco:

P.S: PARA HELENS, MAGRONES E ELTONS DA VIDA UM AVISO: ESSE CONTO NÃO É REAL OU AUTOBIOGRÁFICO EMBORA O PERSONAGEM LEMBRE ALGUNS DETALHES DE MINHA PERSONALIDADE ELE É UM SER QUE EXISTE SOMENTE NA FICÇÃO, OBRIGADO... :D

Em uma sala genérica de classe média, amigos tomam algo alcólico em canequinhas de metal, usando tocas e cobertores Parahyba por sobre os ombros, prontos para uma madrugada invernal batendo papo e se esquentando com qualquer coisa quente, e começa a história:

Isso pode parecer meio louco da minha parte, mas juro que aconteceu e foi em uma noite desse tipo, onde parece que memórias do passado pulam repentinamente a sua frente, e uma saudade de algo que não lembramos invade a alma, e eu la sozinho em casa. minha mãe tinha viajado esse dia, e parece que todos também viajaram ou também estavam na mesma onda, pois não tinha ninguem pra sair, ou ao menos praticar o ócio de forma coletiva. Bom, eu resolvi fazer um bom chimarrão pra mim e depis de umas duas cuias já ia ao banheiro feito um maluco, por isso resolvi me arrumar um pouco melhor e tomar um vinho que eu tinha guardado a um bom tempo na minha gaveta, acendi uns incensos desses verdes inteiriços que os budistas usam em meditação, adoro aquilo, melhor custo-benefício entre os incensos, coloquei o cd do the wall no radio e fui pouco a pouco relaxando de uma forma extraordinário, é incrível como um bom solo de guitarra pode nos levar a estados maravilhosos, esse pessoal da década de 70 era lisérgico até nas músicas.

Ai começou a coisa bizarra, já ouviram falar em projeção astral? Então, eu estava lá em pleno solo de hey you, já um tanto quanto feliz com os efeitos do vinho quando me senti leve, e uma resistência sendo vencida e na hora tive consciência que algo ótimo estava acontecendo e me deixei levar, e foi quando me vi deitado e um cordão ligava o que era material a um eu que alçava vôo próximo ao teto, se é que nesse estado existe algo que pode ser chamado, ou classificado como teto ou matéria, vocês me entendem? É algo meio maluco, e comecei a sentir algo mais, uma idéia de não estar sozinho, e foi ai que vi na porta do quarto olhando para mim uma sombra que fez o meu espectro voador gelar, e de uma forma frenética senti a volta alucinante ao corpo, e um acordar exaltado, no rádio ja tocava o segundo cd do The wall, com a música The Trial, e aquelas criancinhas cantando "Crazy toys in the attic he is crazy(...)", olhei para o canto onde vi aquela coisa e posso jurar que ainda consegui ver algum tipo de vulto e um gelo apertou o coração e revirou meu estômago.

Juro que saí de casa correndo, peguei uma grana, o carro e fui pra bem longe, até hoje não gosto de ficar sozinho e olhar para o canto do meu quarto me dá arrepios.

2 comentários:

A. Diniz disse...

Não arruma o quarto, e aquela bendita esteira, numa noite e em estado hipnagógico dá nisso.

Quase quando eu vi a Samara dentro do guarda-roupa na república.

De qualquer maneira, bom tiro-curto!

Anônimo disse...

Esse incenso era de erva?!?! Fala canalha!!! Huahuahuahuahuah.
Lesh, você pode ter sido vítima da mistura chimarrão + álcool, a mesma que fez meu irmão tremer no chão e vomitar como a menina do Exorcista na casa do Magrones. Nada muda minha idéia de que a erva misturada com "mé" se transforma em LSD no bucho do peão.