27.5.08

And darling, darling stand by me...


Poderia começar esse post com um "Não se fazem mais filmes como antigamente", porém isso iria soar como palavras de um nostálgico que está envelhecendo (fiz 1/4 de século nesse 23/05/2008), porém é impossível negar que cada vez mais estamos sendo privados do sentir e da sensibilização com nosso mundo, sem querer ser piegas cresci vendo pica-pau e Tom e Jerry, porém alguns desenhos como Fievel tendo como pano-de-fundo a Revolução Russa, onde camadas da sociedade são dissecadas e apresentadas como um conto de fadas, nos emocionando pelo e com o personagem estão cada dia mais raros.

Talvez um grande exemplo do que tento expor é um filme que marcou o meio da década de 80 chamado "Stand By Me", ou em português "Conta Comigo", baseado em um conto chamado "Body", do sempre surpreendente Stephen King. A premissa do filme é simples, um grupo de amigos indo atrás do corpo de um garoto que morreu atropelado pelo trem, a jornada e crescimento dos personagens durante o caminho e em seu retorno nos faz refletir sobre nossos problemas e escolhas diárias, acrescentado ao clima da década de 50 e ao ideal "On the road", o filme parece mostrar que embora vejamos jovens rebeldes com suas maquinas possantes apostando corridas, os que realmente entenderam o espírito de pegar a estrada e buscar um mundo novo é um bando de garotos com problemas familiares em uma disputa de gerações que vai do pai bandido, o pai ex-veterano de guerra psicopata, e o pai que considera que o filho deveria ter morrido no lugar do irmão mais velho/jogador de futebol/popular, e estes mais do que andam para ver um corpo, eles andam para ver um mundo novo, um mundo sem seus pais e conflitos.

Durante o filme o personagem que mais rouba a cena é o Chris Chambers, interpretado pela revelação da época River Phoenix, que incorpora a figura do "vagabundo iluminado", aquele que por ser jogado a margem da sociedade consegue enxerga-la de forma magistral, Corey Feldman também está ótimo como um neurótico de guerra mirim, e Will Wheaton ccomo Gordie, o narrador da história é a figura que durante o trajeto cresce e vê um novo mundo após botar o pé na estrada.

No fim das contas o que quero dizer é que raramente temos filmes como esse, e parece ser algo cada vez mais raro, os filmes parecem cada vez mais um amontoado de cenas de ação e situações cômicas, não que seja ruim, mas também não é só disso que vive a alma humana, e também algo que já explorei no post sobre o Krampus é que parece haver uma tentativa de proteção da criança com relação a sentimentos, e o pior é que talvez não seja somente da criança e sim de toda a sociedade, pensar e sentir parece ser algo cada vez mais distante, principalmente na cultura pop atual.

17.5.08

Sexo, homem x máquina (1/3): Imaginário do robô ou...

... Todas as replicantes são gostosas.





Salve meus inexistentes leitores, após um bom tempo sumido estou de volta, continuando minha trilogia sobre sexo homem x maquina, essa loucura toda que eu em meu pouco juízo resolvi escrever.

Tenho aqui em casa um livro chamado "Ficção Científica Brasileira: Mitos culturais e nacionalidade no país do futuro", escrito pela americana M. Elizabeth Ginway, em que ela discute toda a temática com relação ao Brasil e sua cultura relacionado a produção literária em ficção científica, e nesse livro ela comenta sobre o ícone do robô, é muito interessante pois ela cita um autor chamado Wolfe que coloca o robô como uma imagem alternativa da humanidade, muito mais que um simples substituto dos homens, e remonta a toda uma idéia ligada a própria escravidão, por isso ele muitas vezes pode ser visto como o submisso, mas tambem nele está o medo da revolta.

Talvez esse misto de submissão e rebeldia tenha uma mistura muito interessante dentro das mentes pervertidas, na verdade se você pensar que existem fetiches em se esfregar em balões de festa (falei esfregar e não voar com eles), a perversão por robôs parece até algo tranquilo, mas essa questão é para o próximo post, nesse vamos lembrar algums robôs com apelo sexual da cultura pop.

Bom, realmente não fui muito a fundo nessa questão, imagino eu que se chafurdasse em animês e mangás (hentais ou não) com certeza encontraria um caminhão de referências, mas vamos lá, a primeira lembrança que tive nessa questão foi um filme chamado "Cherry 2000" do diretor Steve de Jarnatt, protagonizado por David Andrews, e Pamela Gidley (como Cherry 2.000), também participam desse filme Laurence Fishbourne, e Melanie Griffith, O filme de 1987 apresenta um homem que vive bem com sua alta tecnologia e sua amante/esposa perfeita, um robô chamado Cherry 2000, porém um dia Cherry fica avariada, e o homem sai em uma jornada em busca da peça avariado, se aventurando em um mundo devastado tendo como combustível o amor ao seu robô, e ao longo do caminho descobre que mulher de carne e osso é bem melhor.

Temos de lembrar também da replicante interpretada por Daryl Hannah, a Pris, em um dos melhores filmes de ficção científica já feitos "Blade Runner". Pris é um replicante ou seja, é um ser biológicamente construído, cuja função era a prostituição, e se pensarmos um pouco em ficção científica, principalmente as que tem uma temática mais cyberpunk a utilização de robôs ou modificações tecnológicas para o prazer é algo recorrente, podemos ver por exemplo em filmes como "Inteligencia Artificial" várias referências, no Neuromancer de William Gibson não há robôs fazendo prostituição, porém as garotas são conhecidas como bonecas e tem um implante que faz com que a pessoa possa ser desligada, ou seja a garota se desliga e o cafetão manda pessoal entrar e fazer o que quiser, no fim do "expediente" ela é religada e ganha seu dinheiro, foi assim que Molly a samurai urbana Motherfucker consegue grana para colocar seus implantes óticos e navalhas por baixo das unhas (Marvel merecia um processo de plágio com a Lady Letal).

Enfim, post já esta se alongando e não quero comentar nada sobre a Vicky para não ter nenhum tipo de peoblemas legais, se bem que ja vi empresas japonesas que fazem umas real dolls com jeito de criança, e ai entra a questão do onde chegaremos, porém isso é questão para os dois próximos posts, para finalizar uma cena ardente entre com Rachael, a linda replicante interpretada por Sean Young, e um incerto humano (pode ser um caso de relacionamento entre dois replicantes) Harrisson Ford.


9.5.08

Vamos a la playa, ô, ô, ô, ô, ô...

Fala pessoal, quem é vivo aparece... ou não. :)

Sei que estou sumido, e prometi uma trilogia de bizarrice para todos, e acreditem ela está vindo, porém resolvi colocar antes um post do tipo "oi mamãe, voltei!" para dar um susto nas baratas e traças acumuladas pelos cantos. Para coroar o retorno recebi esses dias do meu primo Orlando que está passando frio lá pelas bandas do Canadá um vídeo do Youtube, da dupla italiana Righeira e seu hit "New Wave" "Vamos a la Playa", um clássico que assolou o mundo em i983, vejam o vídeo e dancem com eles:



Ok, bonitinho né? Agora leiam a letra em Italiano e tentem entender o que eles falam:

Vamos a la playa oh o-o-o-oh
Vamos a la playa oh o-o-o-oh
Vamos a la playa oh o-o-o-oh
Vamos a la playa oh oh

Vamos a la playa
La bomba estallo
Las radiaciones tuestan
Y matizan de azul

Vamos a la playa oh o-o-o-oh
Vamos a la playa oh o-o-o-oh
Vamos a la playa oh o-o-o-oh
Vamos a la playa oh oh

Vamos a la playa
Todos con sombrero
El viento radiactivo
Despeina los cabellos

Vamos a la playa oh oh oh oh oh
Vamos a la playa oh oh oh oh oh
Vamos a la playa oh oh oh oh oh
Vamos a la playa oh oh

Vamos a la playa
Al fin el mar es limpio
No mas peces hediondos
Sino agua florecente

Vamos a la playa oh o-o-o-oh
( ad infinitum)


Perceberam que essa inocente canção é sobre um pessoal indo a praia depois de uma hecatombe pós apocalíptica? Essa música está ao lado de "Hotel California" como "Musicas que um dia pensei ser inocente e sobre coisas bonitinhas".

Cada coisa... e por hoje é só pessoal, depois volto com a primeira parte da trilogia sexo Homen x Máquina , ou, "Todas as replicantes são gostosas."

Fortuna!